terça-feira, 27 de julho de 2010

Decisão Insana!

Embarcamos às 20:05hs com destino a BH. Chegamos na capital mineira por volta das 22:40. Durante a viagem, começamos a refletir sobre a ida a Fortaleza e Natal. Concluímos que Fortaleza foi incrível mas Natal não é tudo o que falam... Ficamos frustrados.
Ao longo da conversa, percebemos que, devido à intensidade dos passeios, ficamos cansados em vez de decansar. Já tínhamos pensado em ir pra outro lugar no domingo (25), porém nada definido.
Ao chegarmos no aeroporto fomos ao balcão da GOL nos informar sobre vôos disponíveis. Vimos que tinha um vôo pra Porto Seguro saindo 00:30h. Desafiei Fernando, pensando que ele ia “arregar”, mas ele entrou na minha loucura, então compramos as passagens e embarcamos pra Porto Seguro, com destino a Arraial D’ajuda.

Chegamos cerca de 2h da manhã na Bahia, pegamos um táxi e pernoitamos em um hotel bem simples, próximo à balsa, chamado Hotel da Praia (depois de muitas negociações a pernoite ficou por 50 reais com café da manhã). No aeroporto conhecemos um casa de BH que estava indo pra Caraíva e também pernoitaram neste hotel (rachamos o táxi do aeroporto ao hotel – 10 reais cada casal). O táxi direto pra arraial sairia por 120 reais, mas ficamos com medo de fazer o trajeto de madrugada.
Acordamos 8h, fomos à pé para a balsa, puxando duas malas enormes, debaixo de uma chuva de lavar a alma. Fiquei com um mal humor danado (além do cansaço por ter carregado a mala de 17kg pelas ruas de paralelepípedo até a balsa, a chuva molhou meu pé, e quem me conhece sabe que é o que eu definitiva,ente não suporto). Compramos as passagens (3 reais cada) e embarcamos. A travessia dura cerca de 5minutos e é bem tranqüila (na balsa pequena – Ilsinha). Chovia bem e ventava muito.
Ao chegar em Arraial, o sol estava saindo e a chuva já tinha passado. Negociamos a ida da balsa até a pousada por 25 reais pro casal em uma combi que é tipo um táxi. No caminho pedi que o motorista parasse na pousada Cheiro Verde (recomendada ano passado por uma colega de trabalho) ela até tinha disponibilidade, mas não gostei muito do local (novo, bem localizado, reformado, mas bem rústico e com acabamento estranho, cama pequena, enfim...não agradei mesmo).
Já tinha feito alguns contatos com pousadas conhecidas (que eu já havia olhado no ano anterior) e resolvemos nos hospedar na pousada Enseada dos Corais (acomodação luxo de frente para o mar, que, após negociações, saiu por preço de Standard), cujo quintal emenda com a praia do Mucugê. Ela fica a cerca de 800m do centro de arraial (é uma caminhada bem desestressante, só que tem um morrinho bem puxado – mas como eu e Fernando gostamos de andar, isso foi até legal).
Chegamos na pousada, aguardamos a limpeza do quarto (1 hora e meia). A vista do quarto é belíssima, até a vista do banheiro é um espetáculo!!!






Almoçamos no restaurante Brazil em Cores e Sabores, um prato de filé com arroz, salada, farofa, feijão e fritas por 35 reais (2 pessoas). Gostamos muito do almoço. O lugar também é legal, e à noite se transforma em um estabelecimento muito charmoso.
À noite, fomos a centro, compramos umas esfirras abertas (muito gostosas, por 2,50 cada) e trouxemos para o hotel pra lanchar mais tarde. Aproveitamos pra comprar uma outra sunga pro Fernando (pra substituir a que relaxou no Insano...).

último dia em Natal...

Hoje resolvemos ficar na praia de Ponta Negra mesmo. Olhamos na Internet e vimos que não estava própria para banho apenas nas imediações do morro do careca (cartão postal da praia).
Andamos cerca de 1,5 Km para o lado contrário ao local impróprio, arrumamos uma barraca e ficamos lá... as barracas são cobradas (variam de 5 a 10 reais), porém bati um papo com o dono da barraca e acho que ele foi com minha cara e deixou a gente pagar só o que íamos consumir. Fernando fica caladinho só ouvindo as negociações e choradeiras... Mas foi o primeiro a assentar na espreguiçadeira.
Tomamos só uma água de côco (muito boa, gelada e doce) e ficamos até 12h. Ao pedirmos a conta, o barraqueiro cobrou 5 reais pela barraca... Ninguém merece! Pagamos né, fazer o que! Caçar briga com potiguar é vacilar demais... esse povo é bravo! Fernando pagou satisfeito!!!
Voltamos para o hotel, arrumamos as malas, nos arrumamos e já fechamos o hotel, pois tínhamos que deixar o quarto às 15h. Saímos pra almoçar. Fomos andando pela avenida beira mar e resolvemos conhecer um restaurante até legal (recomendado, que busca e leva nos hotéis), onde comemos um filé com fritas, arroz branco e farofa (bom demais). O almoço ficou por 56,47 reais, incluindo bebida e taxa para o “artista” que estava se apresentando (cantando pior do que eu e bem mais alto!).
Após o almoço fomos dar uma última volta pelas lojinhas de produtos regionais, para facilitar o processo de digestão. Olhamos tudo que queríamos e voltamos para o hotel 16:50, quando tivemos uma grande surpresa!
O guia da CVC estava nos esperando, pois estávamos atrasadíssimos. O ônibus já estava saindo e só não ficamos pra trás porque o guia errou a ocorrência (onde ia deixar registrado que não estávamos no hotel para embarcar em direção ao aeroporto – traslado CVC) e estava passando a limpo!!! Ele falou que somos “cagados” (assim que chamam as pessoas que dão muita, mas muita sorte). Íamos ficar pra trás mesmo! Sinceramente não perdemos o ônibus de cagada mesmo, porque não estávamos ligados no horário (na verdade achamos que era 17:15 e era 16:45).
Fomos para o aeroporto (tentado acreditar na cagada que demos e recuperando da intensa emoção que sentimos!).

Praia da PIPA

Dia 23 de Julho. Seguimos cedo para a praia da Praia da Pipa. Simplesmente inacreditável o lugar. Chegamos no vilarejo, de onde seguimos de trenzinho (puxado por um trator) até o alto das falésias, de onde pudemos tirar uma belíssima foto (casal mais feliz do mundo tendo como cenário de fundo a praia do amor – que recebe este nome por ter formato de coração). A chuva pegou pesado nesta hora... o vento era muito forte lá em cima.



Depois descemos no mesmo trenzinho para a praia da Pipa, que possui águas calmas e algumas barracas na beira da praia.
O curioso é que há nenhum banheiro nas barracas ou na beira mar! É indicado os sanitários de uma pensão próximo à igreja (ao passar em frente à igreja, entra à direita), onde é cobrado 1 real pelo uso. Como não me informaram que era pago, fui sem dinheiro e com muita vontade de realizar uma eliminação urinária. Cheguei na maior cara de pau e puxei papo com a dona da tal pousada, que é uma espécie de “coronel” no referido subdistrito (muito respeitada e manda e desmanda no lugar) e pedi pré ela quebrar meu galho e me deixar usar o banheiro de graça. Não é que consegui! Ai que alívio!!!
Algumas duchas de água doce também são cobradas (0,50 centavos por pessoa). Ficamos na Barraca da Neide, muito legal, com atendimento bom e preços compatíveis. Me lembrei da NEIDE, uma amiga (melhor Hair Stylist OF THE WORLD) que tem o mesmo nome... tirei até uma foto da barraca pra mandar pra ela!

Esta praia é um espetáculo!
Por volta das 13h seguimos para uma praia, ainda na Pipa, chamada timbaú do sul, que é deserta e muito bonita praticamente privativa da CVC). Os comentários sobre a CVC serão realizados em postagem específica.
O acesso se dá por longas escadas que saem do restaurante Marupiara e levam até as areias beira mar.
Esta praia é bonita, com água mais clara, porém o mar é agitado, o que dificulta a presença de banhistas. Existem espreguiçadeias e cadeiras com sombrinhas nas areias desta praia, porém o serviço de bar ocorre apenas pelo Marupiara (restaurante com piscina, duchas de água doce e banheiros muito limpos). A caminhada pelas areias desta praia permite vistas paradisíacas.
Almoçamos um rato a la carte de filé de peixe grelhado (serigado) acompanhado de farofa, arroz branco e feijão (gostoso e com preço razoável – 56 incluindo bebidas).









Às 16h retornamos para o hotel.
Como era a última noite na capital potiguar, resolvemos voltar ao restaurante “camarões”, pois realmente é um lugar simplesmente M A R A V I L H O S O. Fomos caminhando e retornando de táxi (estava tarde e é um trechinho bom de caminhada). Chegamos e começamos a arrumar as malas, pois, no dia seguinte já era o retorno para BH.

João Pessoa - PB

Na quinta feira, 22 de julho, fomos a João Pessoa – PB, na cidade onde o sol nasce primeiro! Saímos às 6:45h e enfrentamos os 175 Km - cerca de 3h de viagem (estrada péssima, pois está sendo duplicada, com muitos buracos e lama por causa da chuva que caía) em um microônibus da Potiguar turismo. A guia era a Fulô, que apenas acompanhou o pequeno grupo (cerca de 20 pessoas). As explicações ficaram por conta do guia local (PB), que forneceu informações muito completas sobre o estado e sua respectiva capital.
Fizemos um passeio pelo ponto mais alto da capital, de onde pudemos ver a ponta do Seixas (parte mais oriental do Brasil), o Parque do Cabo Branco, onde se localiza a Estação Cabo Branco Ciência, Cultura e Artes (projetada por Oscar Niemeyer), city tour pelas 9 praias (Bessa, Manaíra, Tambaú, Cabo Branco, Seixas, Penha, Jacaraípe, Praia do Sol e Barra de Gramame).


É interessante ver que não existem prédios com construções acima de 4 andares na orla marítima, em decorrência de uma lei municipal, por isso a brisa é bem abundante.
Fomos também à Igreja de São Francisco.

Almoçamos no restaurante Palace Grill localizado no térreo do Tambaú Flat, indicado pelo guia (self service com churrasco com poucas opções) depois seguimos para a Feirinha de Artesanato de Tambaú (local muito organizado e com inúmeras lojas).
Após 1 hora e meia de compras na feirinha, o grupo seguiu para a praia do Jacaré (que na verdade é uma lagoa) para assistirmos ao pôr do sol com o Bolero de Ravel.
As 17 horas começou a 3533ª apresentação o bolero de Ravel que pode ser descrita da seguinte forma: um Sr. toca este famoso bolero num saxofone, sobre um barco (remado por um auxiliar, é claro!-, nas águas da lagoa do jacaré). Vários bares possuem vista panorâmica para o local da apresentação, com decks para embarcação onde o músico desce do barco e circula entre o público, enquanto faz mais uma de suas apresentações diárias. Ele está no guiness book como a pessoa que mais tocou o bolero de Ravel no mundo.


Ele começou a tocar no meio do estabelecimento em que estávamos e havia sido reservado previamente pelo guia regional, foi andando e tocando em direção ao barco, onde embarcou e deu continuidade à sua apresentação. Apesar da chuva, que impediu o pôr-do-sol perfeito, foi um momento ímpar.


Por volta das 17:30 embarcamos de volta para Natal. Chegamos bem cansados e por isso nem saímos, pois no próximo dia seria a imperdível praia da Pipa.

Maracajaú e Ma-Noa

Fechamos um pacote da CVC para a Praia de Maracajaú, onde existem piscinas naturais para mergulho, em pleno alto mar (porém não foi possível o mergulho, pois a maré estava alta e a visibilidade estava ruim – água turva). Nesta praia, praticamente deserta, o único ponto de apoio é o parque Ma-Noa. Este parque aquático é até legalzinho, mas nem se compara ao Beach Park (que é fantástico), pois o toboágua mais radical de lá é bem menos emocionante do que o vermelho do Ramubrinká do Beach Park.


Uma informação importantíssima, que ninguém fala com você na chegada, quando te dão uma pulseirinha de passaporte, é que só pelo fato de colocar esta pulseirinha e utilizar as acomodações do parque (mesinhas e espreguiçadeiras), paga-se 22 reais por pessoa! Porém, existe uma parte do parque, localizada na areia, onde existe um serviço de bar (até bom), que pode ser utilizado sem ter que pagar estes 22 reais. Ficamos nesta parte (nem precisava falar!).


O mar desta praia é muito bonito e nos proporciona paisagens inesquecíveis. Na beira mar há opções de passeios de quadriciclo (65 reais 30 minutos pro casal), cavalos e moto à beira mar. A orla é deserta e muito bonita. Não existem barracas na areia.


O parque possui um restaurante self-service, com preço até bom (35 o Kg), com opções variadas de pratos e até churrasco). Mesmo sem utilizar as tais pulseiras de passaporte livre, é permitido almoçar no restaurante do parque, tirar fotos nas dependências e utilizar os banheiros.
Sinceramente esperava mito mais do Ma-Noa e da praia de Maracajaú. Só compensa se for pra mergulhar.
Na volta da praia paramos na feira de artesanato da praia dos artistas, que é bem organizada, com muitas lojinhas com preços compatíveis com as demais feirinhas que freqüentamos.
À noite fomos ao restaurante Farofa d’ água, que é muito legal (buscam e levam ao hotel sem nenhuma taxa extra). O serviço de atendimento é muito bom, com garçons atenciosos e muito simpáticos. Comemos uma carne de sol com macaxeira, queijo coalho, macaxeira frita, vinagrete e a famosa farofa d’água, feita com farinha de macaxeira, água morna, tempeiros regionais e manteiga de garrafa (nunca comi nada igual!!!) – peguei a receita porque não resisti. Comi tanto que fiquei até mole!
Em frente ao restaurante há uma feirinha de artesanato, com produtos com preços justos também. Recomendo a ida a este restaurante.
Voltamos mais cedo para o hotel, porque a saída para João Pessoa estava marcada para 06:45 e precisávamos recarregar as energias... o dia será intenso!